Europe, The Final Countdown, 1986.
Era ainda este blog uma criança imberbe e a cheirar a leite, gatinhando por esse grande relvado que é a vida, quando, qual Jorge Silvério a pentear a bola, decidimos aflorar superficialmente (passe o pleonasmo) o tema "Eskilsson".
Pois bem, não quisemos deixar o mortífero obus em mãos alheias e regressamos para o aprofundar um pouco.
De facto, em 1986, uma banda europeia chamada Europe (ocorreram-me vários comentários relativamente a isto, mas...) varria o velho continente com um clássico euro-pop-metal que não se chamava "Portugal na CEE". Falamos obviamente de "The Final Countdown", que colocou os jovens machos munidos de lacas e eyeliners no topo dos tops (mais um) da Europa(mais outro).
Como é da praxe, a face da banda era o carismático vocalista, Joey Tempest de seu nome.
Entretanto, nascia para o futebol mais uma estrela...um sueco cujo sonho de criança era alinhar pelo poderoso Estoril Praia. Nome de guerra: Hans Vimmo, que espalhava magia pelos rectângulos com o símbolo do IFK Norrköping ao peito. Sempre atento ao talento vindo do frio (ou não), o Sporting Lissabon fez questão de contar com o cantante sueco nas suas fileiras. Ao lado de Frank Rijkaard chegou a fazer furor em dois treinos devido á sua facilidade de carregar os equipamentos dos companheiros para os balneários.
Porém, pejado de ingratidão, o clube sulista logo o recambiou para o Arsenal minhoto, renegando aquilo que poderia ter sido um bonito casamento. O que poderia parecer uma despromoção foi, ao invés, o realizar de um sonho antigo de Hans Vimmo, pois após a sua aventura por terras de Barroso, Forbs e Karoglan, cumpriu um sonho de criança ao beijar o dístico do Estoril Praia...tendo-o como seu.
Hans teve uma longa e proveitosa carreira, mas nunca nenhum outro momento ficará na nossa retina retratado de forma tão sublime quanto o momento em que derramou as primeiras lágrimas de alegria aquando da estreia no Estádio António Coimbra da Mota.
Olhou para o céu e algures nas nuvens viu concerteza o rosto de seu mentor, inspiração e amigo Joey Tempest, soltando um sonoro "Bem haja, Joey. Bem haja."
o que seria do mundo da bola sem registos fotograficos?
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